Revisão para quê, afinal?
Muitas vezes, na minha carreira de revisora, ouvi dizer que um texto não precisa ser correto; basta que ele comunique. Isto, porém, não é inteiramente verdadeiro. Para que um texto tenha credibilidade — seja ele acadêmico, literário, jornalístico, publicitário ou corporativo —, é preciso que esteja adequadamente dentro da norma culta.
Muitas vezes, na minha carreira de revisora, ouvi dizer que um texto não precisa ser correto; basta que ele comunique. Isto, porém, não é inteiramente verdadeiro. Para que um texto tenha credibilidade — seja ele acadêmico, literário, jornalístico, publicitário ou corporativo —, é preciso que esteja adequadamente dentro da norma culta.
É simples entender o motivo quando conhecemos melhor o trabalho de um revisor. Ao contrário do que se pensa, esse profissional não apenas corrige erros ortográficos ou gramaticais. Ele procura refinar o texto, e para isso, a correção de erros gramaticais e ortográficos é a menor parte do trabalho. A maior parcela, na realidade, fica por conta da resolução de questões de coesão textual, repetições, redundâncias etc.
O grande desafio do revisor é não interferir no estilo do escritor. Por isso, muitas vezes ele deve sugerir (e não impor) correções. A gramática é importante, mas imaginem se alguém resolvesse "corrigir" Grande sertão: veredas? Isto seria um crime!
Por outro lado, ninguém é infalível ao redigir um texto. Até mesmo um revisor, ao escrever, precisa que outra pessoa leia seu texto e faça as correções necessárias.
Portanto, por melhor que você seja na escrita, não importando o tamanho do seu texto, se ele precisa de profissionalismo e credibilidade, não hesite: procure um revisor.
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Tradução/ versão
Com relação à tradução/ versão, fiquemos com José Saramago:
“São os autores que fazem as literaturas nacionais, mas são os tradutores que fazem a literatura universal".
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